Mercado segurador quer assumir posição de destaque na sociedade

A abertura do 23º Encontro de Líderes do Mercado Segurador, realizado pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Privados (CNseg) em Foz do Iguaçu, contou com a participação dos presidentes de todas as federações do setor.

O presidente da entidade, Marcio Coriolano, destacou que o setor cumpriu o que se propôs a fazer em 2017, principalmente ampliando a comunicação com a sociedade através de novos canais de rádio e televisão no Youtube. Além disso, o crescimento de 6,6% registrado no último ano mostrou que o setor tem fôlego para se manter sempre acima do crescimento do PIB, que foi de 1%. Para 2018, Coriolano acredita que devamos ultrapassar novamente os dois dígitos.

João Francisco Borges da Costa afirmou que a Federação de Seguros Gerais, que ele preside, atuou em três frentes no último ano: no combate ao seguro pirata, no incentivo ao seguro auto popular e na regulamentação do seguro garantia.

O presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida, Edson Franco, que 2017 comprovou a solidez do setor que, apesar dos solavancos continuou com forte nível de captação. “Precisamos agora nos preparar para novos mercados, como o de annuitties”.

Em saúde, que perdeu 3 milhões de segurados nos últimos três anos, o desafio é encontrar o equilíbrio entre as despesas médicas e os reajustes. A presidente da Federação Nacional de Saúde, Solange Beatriz Palheiros, afirmou que o mercado se preocupa com a falta de oferta de planos individuais e com a sua imagem. Ele acrescentou que apesar dos inúmeros esforços, o reajuste dos planos ainda deve continuar na casa de dois dígitos.

Marco Barros, presidente da Federação Nacional de Capitalização, ressaltou que a entidade conseguiu conversar com a Susep para discutir os novos marcos regulatórios da capitalização em 2018. “Nossa expectativa é consolidar o novo marco regulatório e efetivamente trabalhar muito na comunicação e na educação”.

Rodrigo Rodrigues de Aguiar, diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar, disse que é preciso conhecer os anseios e ouvir as propostas do setor. “Esta é uma obrigação do regulador”. Ele acrescentou que os últimos anos foram muito difíceis, com queda expressiva do número de segurados, mas que agora é um bom momento e oportunidade para olhar para dentro e ver a estrutura da regulação.

“Vamos trabalhar para brecar a escalada de custos do setor e para formar um modelo de remuneração dos prestadores de serviços, que permita maior flexibilidade das operações, implementando uma análise de impacto regulatório, para conferir previsibilidade e segurança jurídica ao setor fiscalizado”.

Por fim

Em sua fala, Joaquim Mendanha ressaltou o trabalho desenvolvido pela diretoria colegiada e pelo quadro técnico da autarquia em 2017, quando o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) acatou 14 votos da Susep em importantes resoluções, como as das famílias PGBL e VGBL, a do seguro popular de automóvel e a de meios remotos. Em 2017 a autarquia também editou mais de 20 circulares ao mercado supervisionado. Entre os próximos passos da Susep, Joaquim Mendanha destacou o marco regulatório da capitalização, que teve sua consulta pública encerrada no dia 11 de fevereiro e encontra-se em processo final de análise com previsão de conclusão para as próximas três semanas. Segundo ele, “uma nova fronteira para o segmento”.

Autor: Revista Apólice