Maria Helena Monteiro acredita que participação feminina no mercado segurador deve aumentar

O Dia Internacional da Mulher é uma data para reconhecer as conquistas econômicas, culturais, sociais e políticas das mulheres e com isso, fazer com que as pessoas reconheçam a luta diária de mulheres inspiradoras para conquistar o seu lugar no mundo. Uma destas mulheres é Maria Helena Monteiro. Natural de Campinas, mas carioca de coração, a Diretora de Ensino Técnico da Escola de Negócios e Seguros contou um pouco sobre sua carreira. “Comecei como jornalista em Campinas, depois trabalhei no projeto de implantação da IBM em Hortolândia e vim para o Rio de Janeiro quando me casei. Trabalhei 10 anos muito felizes no Bob’́s, que naquela época era parte do grupo Nestlé, o que significou um enorme aprendizado. Passei um desses anos trabalhando nos EUA. Depois fui para a Shell, onde fiquei por 15 anos. Passei 5 desses 15 anos trabalhando na Inglaterra, já com três filhos. Fui diretora de Recursos Humanos do HSBC em Curitiba, e voltei para o Rio para trabalhar na SulAmérica, onde fui vice-presidente de RH e Administração. Estou há 10 anos na Escola de Negócios e Seguros (ENS)”, explicou Maria Helena.

Sobre a sua relação com o mercado segurador, a executiva disse que conhecia bastante da área de Benefícios, pela sua trajetória em RH, mas começou  a realmente entender sobre o mercado de seguros depois que ingressou no HSBC, há mais de 20 anos. “De lá para cá, tive uma experiência muito rica na SulAmérica, uma das maiores seguradoras do Brasil, onde fiquei por 10 anos. Foi o que me fez querer muito trabalhar na ENS – o que tem sido muito gratificante – as possibilidades que se abriram para realizar coisas que afetam todo o mercado tem sido um desafio e tanto”, comentou.

Para ela, as mulheres já são maioria no mercado de seguros e acho que a proporção de mulheres tende a aumentar. “Evidentemente a pandemia prejudicou mais as mulheres, mas a recuperação virá com força, porque as mulheres têm, na média, maior escolaridade do que os homens no mercado, e são mais capazes de superar os desafios. E seguro é proteção e gestão de risco, com o que as mulheres se identificam muito”, disse.

Monteiro comentou sobre as dificuldades que passou e que queria ser independente desde muito cedo. Isso deu a ela resiliência necessária para enfrentar os muitos obstáculos que se impunham às mulheres da sua geração. “Tive a determinação de perseguir os meus objetivos e consegui educar meus filhos fora do Brasil, o que eu queria muito. As dificuldades foram muito mais associadas ao estranhamento que causava uma mulher executiva quando existiam muito poucas de nós. A percepção de que a diversidade é essencial e só agrega é bem recente. Eu cheguei a ver políticas que abertamente discriminavam as mulheres. Acho que consegui mudar isso em todas as empresas onde trabalhei”, falou Maria Helena.

Assim como para muitas mulheres, a maternidade foi um dos momentos mais desafiadores que ela encarou na jornada profissional. “O momento mais marcante da minha vida foi ter tido meus três filhos, e o maior desafio sempre foi tentar equilibrar a carreira com os cuidados, principalmente quando eles eram pequenos. Felizmente hoje são pessoas bacanas e realizadas. Tenho muito orgulho disso”, contou.

Além da sua vida profissional, Maria Helena também comentou sobre o que gosta de fazer no seu tempo livre. “Anteriormente eu perguntaria: qual tempo livre? Porque com filhos a prioridade é sempre deles. E com as demandas do trabalho sobrava muito pouco tempo para mim. Agora que eles são adultos, consigo caminhar bastante, ler e cozinhar nos finais de semana”, disse. Para finalizar, Maria Helena deixou um recado para inspirar outras mulheres: “Sonhe muito e não desista nunca!”

Fonte: CQCS | Juliana Winge