Autorregulação dos Corretores deve beneficiar o Mercado de Seguros

Em minha opinião, as seguradoras devem privilegiar os Corretores de Seguros que aderirem a uma autorreguladora. A afirmação foi feita pelo presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, ao participar, nesta quarta-feira (23), da quarta e última etapa virtual do “Conexão Futuro Seguro”, ciclo de eventos organizado pela Fenacor. Segundo ele, essa preferência se justifica pelo fato de a adesão à autorregulação ser uma clara manifestação de boas intenções. “Já manifestei a minha disponibilidade de trabalhar junto por esse mecanismo, que é benéfico para todo o mercado”, acrescentou.

Dyogo Oliveira ressaltou que a autorregulação na Corretagem de Seguros pode ser um instrumento importante no processo de crescimento sustentado do setor de seguros. “O nosso objetivo é fazer o mercado crescer. Na verdade, já vem crescendo na faixa de dois dígitos este ano. Mas, sabemos que a maior parte desse crescimento é fruto dos reajustes de preços, não do volume de segurados. Temos um trabalho muito grande a fazer e devemos trabalhar junto, consolidando a imagem de um mercado que oferece melhor qualidade de vida, é acessível para a maioria das pessoas e fácil de contratar por quem tem o corretor de seguros como o grande facilitador e ponto de contato com o segurado” comentou.

Oliveira disse ainda ser um “entusiasta” da autorregulação. “É algo que melhora imagem do mercado, que pode crescer prestando um serviço cada vez melhor. queremos trabalhar juntos para que o mercado atenda o maior número de pessoas. Estou 100% à disposição”, assegurou.

Já o presidente do Ibracor (Instituto Brasileiro de Autorregulação do Mercado de Corretagem de Seguros), Joaquim Mendanha, anunciou que, ainda no primeiro bimestre de 2023, será implementado um projeto de divulgação mais intensa do papel que cabe à autorreguladora. “A intenção é adotar, primeiro, uma supervisão preventiva e orientativa, antes de ser punitiva. Esse é o papel do Ibracor. Mas, precisamos fazer em conjunto com os Sincors e os Sindicatos Regionais das Seguradoras um trabalho importante de divulgação. O projeto será implementado no início do próximo ano”, assegurou.

Na primeira parte do evento, coube ao advogado e consultor Ricardo Morishita ministrar uma palestra sobre o tema “Autorregulação: segurança para o setor e os consumidores”.

Segundo ele, a autorregulação é benéfica para todo o mercado e aumenta a confiança dos consumidores. “Poder se autorregular é um exercício extraordinário de liberdade”, pontuou.

Em seguida, essa questão foi debatida pelo palestrante e por Claudia Pires Rodrigues Wharton, diretora de Ouvidoria da MAPFRE, tendo como mediador, Antonio Penteado Mendonça, sócio do Penteado Mendonça e Char Advocacia.

Na visão da executiva, com a autorregulação, os deslizes irão ficar mais evidentes e quem não for ético “será automaticamente expurgado do mercado”.

Já Penteado Mendonça afirmou que, também para o Governo, a autorregulação é uma “mão na roda”, pois libera a Susep para “fazer o que deve fazer”.

A abertura do evento foi feita pela vice-presidente da Fenacor, Maria Filomena Magalhães Branquinho, que classificou a autorregulação como um “atestado de maturidade de uma categoria profissional”.

Fonte: CQCS