Fonte: CQCS | Karem Soares. Foto/Destaque: Kindel Media em Pexels.com.
Os veículos elétricos seguem em alta no Brasil. Conforme a ABVE- Associação Brasileira de Veículos Elétricos, a eletro mobilidade terminou 2024 com um recorde de 117.358 modelos emplacados de janeiro a dezembro, com um percentual de 89% acima dos 93.927, em 2023. Só em dezembro, as vendas chegaram a 21.634. Os números comprovam a popularidade. Antes de desplugar para utilizar o automóvel, ter o seguro é essencial para proteger o bem.
Ter um seguro para esse tipo de veículo é de extrema importância. Assim como os carros à combustão, o elétrico está sujeito a riscos como acidentes, falta de recarga no trajeto e até danos causados por efeitos naturais. Ele possui componentes técnicos que podem exigir do orçamento, caso apresentem problemas, como a bateria. Vale lembrar que um seguro auto adequado oferece proteção financeira, garantindo que o proprietário não precise arcar com altos custos, em casos de sinistros.
Os seguros para carros elétricos possuem as seguintes coberturas: roubo, furto, danos causados por acidentes, danos a terceiros e assistência 24 horas, como carregamento de bateria, transporte para ponto de carregamento, assistência técnica remota, serviços de bloqueio e desbloqueio, assistência em acidentes, substituição de pneus e monitoramento de localização e o reboque.
Vale lembrar que o seguro auto para veículos elétricos não cobre o desgaste natural de componentes e peças do veículo, modificações não autorizadas que não foram informadas e aprovadas pelas seguradoras, danos causados por uso inadequado ou negligência e danos causados por eventos não especificados na apólice.
Ao contratar o seguro auto, é importante criar um plano de assistência 24 horas, considerandos fatores importantes como a cobertura geográfica, verificar os serviços incluídos e seguir as dicas e procedimentos adequados, para auxiliar a prevenir emergências e garantir uma experiência mais tranquila.
Além das coberturas, muitos condutores possuem dúvidas sobre a precificação do seguro. Existem poucos dados disponíveis para uma seguradora, o custo médio do reparo e o tempo de chegada das peças, a busca por oficinas especializadas e habilitadas são atenuantes que podem alterar o preço final.
Para Richard Furck, CEO da H&H Corretora de Seguros, existe um aumento de custo para as seguradoras, e, por isso, uma parte dos ganhos que o consumidor obtém no custo com o combustível podem acabar sendo transferidos para os custos das apólices. “A dificuldade no fornecimento de peças e a necessidade de alto nível de especialização técnica, impacta no custo de reparabilidade. Isso afeta a precificação do seguro e o dimensionamento das franquias. Acredito que o cenário deva permanecer por um bom tempo, e representará um custo adicional que terá que ser suportado por aqueles que optarem por esse tipo de veículo”.(aqui)
A tecnologia envolvida na produção dos veículos elétricos ainda é cara, como por exemplo, as matérias primas utilizadas para confecção das baterias. A estimativa é o preço dessa bateria reduzir em até 50%, até o final de 2026. Furck explica que apesar de muita gente torcer contra esses modelos de veículos, a adesão tende a aumentar, sobretudo nos híbridos. “Mesmo muita gente não sendo a favor da expansão dos carros elétricos no Brasil, apesar dos desafios enfrentados na escassa infraestrutura de carregamento, e da possível redução nas políticas de subsídios para a compra de produtos sustentáveis”, como já acontece nos EUA e na Europa, a adesão aos carros elétricos no Brasil só tendem a crescer”, explicou.
Seguradoras investem em pontos para recarga
Segundo informações divulgadas pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), Santa Catarina é hoje um dos estados com maior concentração de veículos elétricos no Brasil, e segue entre os estado-destaque quando o assunto são novos emplacamentos, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).