Seguradoras já pagaram mais de R$ 110 bi em 2025, um avanço de 11,5% no ano

Fonte: InfoMoney. Foto/Destaque: Pixabay no Pexels

Volume ‘devolvido’ aos clientes do setor subiu 11,5% de janeiro a maio na comparação com mesmo período de 2024, informa CNseg

O mercado de seguros brasileiro já pagou R$ 110,9 bilhões aos consumidores e empresas em forma de indenizações, resgates, benefícios e sorteios. O volume representa um crescimento expressivo de 11,5% sobre 2024 e não considera os números da saúde suplementar, conforme os dados divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). 

Ainda segundo a entidade, a marca dos R$ 100 bilhões foi atingida com um mês de antecedência em relação ao ano passado.

Somente em maio, foram pagos R$ 22,2 bilhões, o maior valor mensal deste ano. Ainda assim, houve recuo de 2,2% frente ao mesmo mês de 2024, que registrou o segundo maior valor nominal de toda série histórica (R$ 22,7 bilhões) por conta do início dos pagamentos das indenizações referentes às fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio do ano passado. 

No lado da arrecadação, o setor somou R$ 176 bilhões em prêmios de seguros (valor pago pelo cliente à seguradora ao comprar o seguro), contribuições à previdência aberta e faturamento com títulos de capitalização no acumulado de 2025, leve alta de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Impacto da cobrança de IOF no VGBL

Segundo a análise da CNseg, o forte avanço nos pagamentos e o arrefecimento na arrecadação ainda são explicados, sobretudo, pelo desempenho dos planos de previdência complementar aberta (que incluem as modalidades VGBL e PGBL, por exemplo), que respondem por cerca de 40% da demanda total do setor (novamente, sem contar os dados de saúde suplementar).

Nos cinco primeiros meses deste ano, esses planos arrecadaram R$ 72,6 bilhões, queda de 8,4%, ao passo que os pagamentos de resgates e benefícios saltaram 19,1%, alcançando R$ 63,5 bilhões.

Esse movimento conjunto, de acordo com o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, resultou em uma retração de quase R$ 17 bilhões (- 64,9%) na captação líquida do segmento no ano.

“Refletem uma postura mais cautelosa dos consumidores diante de um cenário econômico global ainda incerto e a anúncio do início da incidência do IOF de 5% sobre aportes acima de R$ 300 mil [nos planos VGBL], no restante desse ano, em uma mesma entidade.”— comenta Dyogo Oliveira, presidente da CNseg

Ainda conforme os dados da entidade, os demais segmentos mantêm expansão em 2025. Os seguros de Danos e Responsabilidades  (que reúnem segmentos como o seguro automóvel  e o residencial, por exemplo) cresceram 7,8% no período, com R$ 56,7 bilhões arrecadados. Já os seguros de Pessoas  (como o seguro de vida e o seguro-viagem,  entre outros) avançaram 8,6%, com R$ 31,5 bilhões em prêmios. Os títulos de Capitalização totalizaram quase R$ 14 bilhões até maio, alta de 11,5% sobre o ano anterior.