Andrea Iorio fala sobre competências humanas na era da IA em palestra promovida pela CAPEMISA no Conec 2025

Fonte: CQCS | Beatriz Adamoli. Foto/Destaque: CQCS.

Durante sua participação no Conec 2025, realizado no Distrito Anhembi, em São Paulo, a CAPEMISA promoveu a palestra “Competências humanas na era digital”, com o especialista em inovação e transformação digital Andrea Iorio. O evento integrou a trilha de conteúdo da companhia e trouxe reflexões importantes sobre o papel do corretor de seguros em um cenário de rápidas e profundas mudanças tecnológicas.

Iorio também é professor da Fundação Dom Cabral, autor de três livros e reconhecido como um dos principais influenciadores brasileiros no LinkedIn. Ao subir no palco, ele iniciou sua fala provocando os participantes com uma pergunta central: “Quais são os novos modelos de competências do corretor na era de Inteligência Artificial?”. Neste sentido, o convidado conduziu uma análise sobre os impactos da tecnologia no relacionamento entre corretores, seguradoras e clientes.

Segundo ele, o mercado de seguros vive hoje um ambiente altamente interconectado, o que altera as expectativas dos consumidores e exige maior celeridade dos profissionais. Para atender a esse novo comportamento, é essencial que profissionais e companhias atuem de forma eficiente e resolvam processos com fluidez. “Estamos na era do real-time, onde corretores e seguradoras precisam ter mais prontidão para resolver os processos e operações de atendimento com rapidez”, reforçou.

Em outro momento, Iorio enfatizou que os dados devem ser usados de forma estratégica para melhorar a experiência do cliente, mas para isso devem ser refinados e personalizados de acordo com cada perfil. O palestrante também destacou que o ritmo das mudanças econômicas e sociais não é mais linear, exigindo uma constante adaptação por parte dos profissionais e das empresas. “. Hoje, precisamos nos reinventar de maneira exponencial, a cada mês, a cada ano, a cada dia, porque as mudanças estão logo ali na esquina.”

Ao falar sobre inteligência artificial, o especialista refletiu que a ferramenta deve ser vista como um complemento ao trabalho humano. Dessa forma, conceitos e recursos de machine learning não substituem os corretores em sua atuação profissional, mas fortalecem aqueles que sabem utilizá-las estrategicamente. “Até 15% das tarefas dos corretores podem ser automatizadas, e 40% das atividades rotineiras podem ser otimizadas por IA. Essa automação permitiria que os profissionais dedicassem até metade do seu tempo a outras funções mais analíticas e humanas”, exemplificou.  

Além disso, para melhorar a experiência do segurado, o uso estratégico de dados é essencial, permitindo antecipar necessidades antes mesmo que o cliente as expresse. “Boas ideias só valem se forem colocadas em prática rapidamente”, disse o palestrante. Nesse ponto, a inteligência artificial se torna uma aliada, ao automatizar tarefas rotineiras e proporcionar feedback em tempo real, liberando o corretor para atividades mais estratégicas.

Na prática, o corretor deve assumir um papel de curador e protagonista do seu trabalho, usando a tecnologia para ampliar a qualidade do atendimento humano. No encerramento da apresentação, os participantes concorreram a um notebook e os 100 primeiros receberam livros autografados pelo convidado, no estande da CAPEMISA.